terça-feira, 28 de abril de 2009

Conclusões

"Sei direitinho o que faz bem e o que faz mal pra minha saúde.
Prazer faz muito bem.
Dormir me deixa 0 km .
Ler um bom livro faz-me sentir novo em folha.
Viajar me deixa tenso antes de embarcar, mas depois rejuvenesço uns cinco anos.
Brigar me provoca arritmia cardíaca.
Ver pessoas tendo acessos de estupidez me embrulha o estômago.
Testemunhar gente jogando lata de cerveja pela janela do carro me faz perder toda a fé no ser humano.
E telejornais... os médicos deveriam proibir - como doem!
Caminhar faz bem, dançar faz bem, ficar em silêncio quando uma discussão está pegando fogo, faz muito bem; você exercita o autocontrole e ainda acorda no outro dia sem se sentir arrependido de nada.
Acordar de manhã arrependido do que disse ou do que fez ontem à noite é prejudicial à saúde.
E passar o resto do dia sem coragem para pedir desculpas, pior ainda.
Não pedir perdão pelas nossas mancadas dá câncer, não há tomate ou mussarela que previna.
Ir ao cinema, conseguir um lugar central nas fileiras do fundo, não ter ninguém atrapalhando sua visão, nenhum celular tocando e o filme ser espetacular, uau!
Cinema é melhor pra saúde do que pipoca.
Conversa é melhor do que piada.
Exercício é melhor do que cirurgia.
Humor é melhor do que rancor.
Amigos são melhores do que gente influente.
Economia é melhor do que dívida.
Pergunta é melhor do que dúvida.
Sonhar é melhor do que nada."

domingo, 26 de abril de 2009

Carolina




Quem é essa menina do céu cor-de-rosa?
Não sabe se ri, não sabe se chora
Se ama ou se gosta
Sabe só que quer viver
Com alguém
Será que sou eu? Mas eu
Não sei também

Ela vive na lua a contemplar o sol
Ela brinca no rio a desaguar no mar
Ela beija meu rosto, depois de me abraçar
Ela faz teatro, ela assiste TV
Ela sabe dançar, ela adora correr
Ela ama gritar e isso é viver

Menina-mulher, me diz quem é você
Ela diz o seu nome, começa com C
Ao ouvir sua voz, eu me aproximei
Quando eu ia beijá-la
Eu acordei

(AUTOR DESCONHECIDO)

quinta-feira, 16 de abril de 2009

quinta-feira, 9 de abril de 2009

sábado, 4 de abril de 2009



Tempo e Artista

Imagino o artista num anfiteatro
Onde o tempo é a grande estrela
Vejo o tempo obrar a sua arte
Tendo o mesmo artista como tela

Modelando o artista ao seu feitio
O tempo, com seu lápis impreciso
Poe-lhe rugas ao redor da boca
Como contrapesos de um sorriso

Já vestindo a pele do artista
O tempo arrebata-lhe a garganta
O velho cantor subindo ao palco
Apenas abre a voz, e o tempo canta

DanÇa o tempo sem cessar, montando
O dorso do exausto bailarino
TrEmulo, o ator recita um drama
Que ainda está por ser escrito

No anfiteatro, sob o ceu de estrelas
Um concerto eu imagino
Onde, num relance, o tempo alcance a glória
E o artista, o infinito.

(Chico Buarque)