segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Oque Aconteceria se os Homens Fossem Iguais às Mulheres

Luz abre e revela uma casa. Cômodas, ambientação, tudo mais.

Palco sem atores. Entra mulher no telefone.

Mulher – (no telefone) Ai, amiga, me ajuda! Eu não agüento mais meu marido! Ele não me entende! Eu falo uma coisa, ele faz outra totalmente diferente! Parece que eu falo outra língua completamente diferente! (T) Por quê que homem tem que ser assim?? (congela)

Narrador – As mulheres estão sempre reclamando de seus homens. Dos seus e de suas amigas. Dizendo que eles não prestam, que eles são ignorantes, que eles não servem pra nada. Mas chegou a hora de saber a verdade. Chegou a hora de descobrir: O QUE ACONTECERIA SE OS HOMENS FOSSEM IGUAIS ÀS MULHERES!

Pode parecer simples, pode parecer melhor, mas qual é a realidade? Por exemplo: as mulheres estão sempre reclamando da insensibilidade masculina e sua incapacidade de notar as coisas mais importantes. Mas e se a situação se invertesse?

Marido – (dengoso) Meu bem, o Fluminense foi campeão e você nem reparou, não falou nada! Você sabe como esse time é importante pra mim e você foi incapaz de dar um gritinho de alegria, um berro pela janela. Nem pegar o carro e sair buzinando pela rua você pegou. A gente tá batalhando tanto a tanto tempo, custava... (mulher reaje para platéia de saco cheio)

Narrador – Aposto que ela não ia gostar disso! (mulher faz que não com a cabeça) E quanto ao senso estético? Como conviver com alguém que, ao invés de refrear suas neuroses estéticas, as supera em muito, devido à falta de tato do gênero masculino?

Marido 2 – (vindo da coxia) AMOR! A gente não vai sair hoje!

Mulher – Mas por quê?

Marido 2 – Porque você não tem uma roupa que preste! Tudo passado, tudo demodê, tudo muito 2004.

Mulher – Como assim? E aquele vestidinho preto que a gente comprou semana passada.

Marido 2 – Te deixa gorda.

Mulher – COMÉQUIÉ???

Marido 2 – Te deixa gorda. Uma vaca. Parece que você vai parir um cervo. Eu não vou andar com você assim na rua.

Mulher – (cabisbaixa) Puxa, tá bom... Mas eu queria tanto ir na casa dos Oristídes...

Marido 2 – Pois é, mas não vamos. Aproveita pra dar um jeito nessa cara que você tá mais oleosa do que chão de churrascaria. Só de olhar pra você eu já escorreguei três vezes.

Narrador – Outra questão, é o afago. Toda mulher é mais carinhosa que o homem, isso é um fato. Mas, como o homem é mais forte, isso não atrapalha o andamento do dia, vejam só:

Marido 3 – Querida, cheguei!

Mulher – (vindo correndo) AI, AMOR, AMOR, AMOR, AMOR, AMOR!! (pula em cima dele e o agarra. Não solta mais. Ele tenta se desvencilhar, não consegue. Desiste e começa a fazer as coisas com ela agarrada mesmo, como se ela não estivesse ali: joga a chave na mesa, pega o jornal pra ler, etc.)

Narrador – Se o mundo fosse ao contrário, você não conseguiria se livrar com tanta facilidade.

Marido 3 - Querida, cheguei!

Mulher – Oi, amor, como foi o seu dia... (ele abraça ela de um jeito sufocante. Ela tenta se desvencilhar. Não consegue. Dá três tapinhas como se fosse jiu-jitsu. Não consegue. Começa a cobri-lo de porrada. Ele a solta quando resolve e ela sai toda torta.)

Narrador – Toda vez quando o homem chega do trabalho e a mulher pergunta “como foi o seu dia”, o homem sempre responde coisas simples como “tranquilo”, “maneiro” ou “hmmmprfff”. O que deixa bastante tempo livre para suas estórias longuíssimas sobre aquela piranha da repartição que te odeia e quer te derrubar. No mundo invertido, isso não seria possível.

Marido 1 – (no meio de uma conversa onguíssima) Só que o Flávio não queria sair da xerox, porque ele é um retardado e demora horas. Nisso o almeidinha já tava marcando uma pelada, o que é bem escroto, porque ele nunca passa pra mim. E não é porque eu não tô livre, porque eu tô sempre livre – há! “sempre livre” – é pinimba mesmo, então por que... (mulher olha no relógio de saco cheio)

Narrador – Sem falar que agora ele ia querer sua atenção incondicional para coisas que você não ia querer participar.

Marido 2 – Meu beeem, vem cá! Assiste o jogo comigo!

Mulher – Mas eu não quero ver o jogo, eu tenho uma porção de coisa pra fazer... (marido faz biquinho) ...e nenhuma delas é mais importante do que ver futebol com você! Êêê!

Marido 2 – (comentando como se fosse novela) Então, esse daqui é o Cacá, ele é ponta esquerda. No ano passado ele teve uma contusão e ficou um tempão sem jogar, mas ele agora tá melhor e tá voltando pro campo. Aquele ali é o Édinho, ele trocou de time em 2005, a gente odeia ele, búúú... (pra mulher) Vaia, amor, vaia... Búúúú!

Narrador – E ainda existiriam vários outros dificultadores...

Mulher – (tentando mover um móvel da casa) Hhhnnnnn... Gente, alguém pode me ajudar aqui? Alô, tá pesado! (Entram três homens juntos) Ai, graças a deus. Eu preciso tirar isso daqui pra... ei, aonde cês vão?

Marido 3 – A gente vai no banheiro. (saem de mãos dadas)

Mulher – Mas peraí, não pode ficar um, aqui, pra...

Narrador – Como vocês podem ver, não existe apenas um, mas vários motivos para gente ser como é. Inúmeras razões que comprovam que o mundo está melhor dessa forma, e assim deve continuar, para manter o equilíbrio do universo. Pensem nisso a próxima vez que reclamarem do seu marido. Eu poderia dizer mais ene razões para vocês admirarem os requintes do mundo machista. Mas infelizmente, eu estou de TPM.

E nunca se esqueçam: poderia ser pior.

Marido assistindo futebol, mulher passa atrás, leva um tapão na bunda.

Marido 1 – Mulher, pega a cerveja pa mim aê!

Mulher – (sorrindo falsamente como num comercial de TV) Claro, amor... Claro!

Fim

(Fernando Caruso )

NÓS, AS PESQUISADAS

Estou ficando completamente obcecada por pesquisas. Ou melhor, pelos resultados das pesquisas. Além de fascinada pelo trabalho dos pesquisadores. Arriscaria até dizer que as pesquisas hoje praticamente mandam na gente. São elas que dizem como nós nos comportamos - e explicam por quê, claro -, definem quais são as exatas diferenças entre homens e mulheres e nos dão mais uma série de importantíssimas informações do tipo mulheres solteiras são mais saudáveis e compram mais pela internet ou a maioria das mulheres casadas tem fantasias sexuais com outros homens. Aí a gente acredita, se sugestiona e acaba se transformando justamente na prova que os pesquisadores precisavam para confirmar suas conclusões. Mas, enfim, teorias da conspiração à parte, as tais pesquisas, no fim das contas, se não mudam nossas vidas, pelo menos nos divertem - quando temos senso de humor, obviamente, porque há quem se ofenda.
Só essa semana descobrimos que: nós, as mulheres, essa categoria que tanto interesse desperta nos cientistas, temos mais orgasmos com homens ricos, e novamente nós, as mulheres, somos menos capazes de controlar a compulsão por comida. Então o que aconteceu foi que alguns sujeitos se debruçaram em estudos profundos para nos jogar na cara que, além de glutonas, somos interesseiras. Fisicamente interesseiras, o que é pior. E aí, está bom para vocês?
Eu fiquei nos imaginando dando motivos para a defesa dessas teses. Estavam lá as moças e seus parceiros ricos, felizes da vida. Sem se preocupar com as contas para pagar, planejando viagens, jantares em bons restaurantes, ela ganhando presentes caros e um sexo de boa qualidade. Assim realmente, queridos, é mole. Nós não temos mais prazer com homens ricos, nós temos mais prazer com a vida rica. Nós não somos movidas a sexo mecânico, temos a péssima mania de levar o contexto em consideração. Então, ponham-se vocês, senhores, em nosso lugar: o que dá mais tesão, contexto pobre ou contexto rico? Agora isso vale para o sexo casual, aventureiro, o sexo pelo sexo. Porque aquele com que nós, mocinhas, sonhamos, o sexo com amor, ah, pesquisadores, me desculpem, mas esse é bom de qualquer jeito. Se estamos transando com o sujeito com quem realmente queríamos e vale a pena transar, duvido que ali, na hora, a conta bancária faça diferença.
Quanto a sermos mais gulosas do que eles, o que ouvi é que homens e mulheres ficaram um número igual de horas sem comer e depois foram, primeiro, submetidos a cheiros de diferentes comidas e, segundo, expostos às próprias comidas. Aí parece que a mulherada caiu de boca e os homens teriam sido mais comedidos. Achei injusto. Primeiro porque eles podem ter combinado essa reação para ficar melhor na fita - homens são capazes de tudo para nos superar. Segundo porque não devem ter sido levadas em consideração as circunstâncias hormonais das mulheres pesquisadas. E se estavam todas em TPM? E se o cheiro que fizeram elas sentirem foi só de chocolate? E se os filhos delas estavam há três dias sem dormir? Somos muito complexas para sermos estudadas e simplificadas desse jeito. Os pesquisadores já deveriam estar cansados de saber disso. Ah, sim, claro, também detestamos ouvir algumas verdades, mas isso é só um detalhe sem importância.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Se você me assalta, eu reajo!

Nem eu sou o que penso que eu sou. Prefiro as noites porque me nutrem na insônia, embora os dias me iluminem quando nasce o sol. Rezo pra algum anjo de plantão e mascaro minha fé no otimismo. Eu sei. Gosto de cara lavada — exceto por um traço preto no olhar — pés descalços, nutro uma estranha paixão por camisetas velhas e sinto falta de uma tatuagem no lado esquerdo das costas. Impaciente onde você vê ousadia. Falta de coragem onde você pensa que é sensatez. E note bem: não sou agressiva, mas defensiva. Mas mesmo assim, sempre pinta um momento qualquer em que eu esqueço todos os conselhos e sigo por caminhos escuros. Estranhos desertos. E, ignorando todas as regras, todas as armadilhas dessa vida urbana, dessa violência cotidiana, se você me assalta, eu reajo!

O que vc causa em mim



Pude provar o néctar da margem da flor do jardim, no momento em que todos os anjos olhavam por mim, com jeito de menina brincando como quem não quer, me mostrou que por trás da inocência escondia a mulher, como por tanto tempo você pode guardar segredo, não se esconde o que fica do lado esquerdo do peito, agradeço uma anja que um dia te trouxe pra mim, quem me dera se você ainda me disesse sim. Me diz o que é que eu faço,não sei como é que disfarço, o que sinto. Não sei como agir do seu lado, me diz se fiz algo de errado. Vamos fugir, não sei pra onde, quero te levar, só parar no horizonte, promete me amar nem que de brincadeira, quero te ter uma noite inteira. Ainda pago a pena do crime que eu não cometi,só que a sentença não quero e não posso cumprir, e você ainda pergunta o que eu não quero mais discutir, se só posso te ter num refúgio é pra lá que eu quero fugir.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

A PROFISSÃO QUE ME ESCOLHEU...



Dar vida ao que está escrito no papel
Os sentimentos que se misturam
As palavras que saem da boca e não são minhas
As roupas também não são
O corpo é emprestado
É viver o que eu nem sabia que existia
Sentir o que nunca pensei que sentia aqui dentro
É morrer e assim que a cena acaba Viver de novo
Matar e não ser presa
Bater e não ter que pedir desculpas
É beijar sem culpa
Viver coisas que meu avô viveu
Ser o que eu Nunca seria
Emocionar o outro
Fazer rir
Se emocionar
Errar e poder voltar e consertar
Improvisar
Ler e entender...decorar?
Agir, reagir, sentir, rir...rir muito!
IN-terpretar
Fazer Arte
Viver da Arte

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Eu querooooo !!




Havaianas Cristalizadas Com Swarovski

Bossa Nova e Nova Bossa

A Bossa Nova está fazendo 50 anos. Parece aniversário do Brasil. E com razão. Fo através dela que ficamos conhecidos e respeitados nos quatro cantos do mundo. A minha geração perdeu o bonde da história, mas todos os artistas que vieram a seguir foram diretamente influenciados ou interpretaram clássicos do gênero dentro de seus estilos próprios. Listei abaixo 5 canções importantes da Bossa Nova regravadas por cantoras do universo pop. Aperte o play e viva o samba de uma nota só !

1.Outra Vez – Adriana Calcanhotto Adriana com seu temperamento musical minimalista gravou essa canção nos anos 90 para um songbook de Tom Jobim. Composta em 1954, foi lançada por Elizeth Cardoso em 1958 no, oficialmente, primeiro disco de Bossa Nova, o LP “Canção do Amor Demais”.

2.Paula Toller – O Barquinho Paula sempre foi a falsa roqueira. As baladas de amor e seu jeito “cool” de interpretar sempre foram seu carro-chefe. Portanto não se assuste ao ouvi-la cantar o cartão-postal da bossa nova, gravada em 1960 por Maysa.

3.Ângela Rô Rô – Demais Os versos “Todos acham que eu falo demais / E que ando bebendo demais” poderiam facilmente terem sido escritos por Ângela Rô Ro mas não foram. Em 1959 Tom Jobim e Aloysio de Oliveira compuseram esse clássico imortalizado também por Maysa.

4.Marina Lima – Samba do Avião Marina tem o poder de transformar qualquer canção alheia em sua através de seu jeito super pessoal de interpretar e o arranjo que escolhe para gravar. No seu disco “Abrigo” de 1995 ela cantou essa canção de Jobim de 1962 no estilo pop que a define.

5.Gal Costa – Desafinado Musa tropicalista, Gal regrava em 1973 esta canção emblemática do movimento. Num tempo ainda bem distante do excesso de regravações de bossa nova, Gal causou até certo estranhamento com essa interpretação tirada do seu álbum “Índia”.

LIBERDADE OU LIBERTINAGEM?


Quando o uso da liberdade passa a ser libertinagem, é um assunto que rende muito debate, já que o limite não é bem definido e cada pessoa tem um conceito diferente sobre isso...



Com a ajuda do Aurélio:



LIBERDADE: 1. faculdade de cada um de decidir ou agir segundo a própria determinação 2. Poder de agir no seio de uma sociedade organizada, segundo a própria determinação, dentro dos limites impostos por normas definidas...

LIBERTINAGEM: Devassidão, desregramento, licensiosidade.



O grande erro do ser humano é achar que liberdade é fazer tudo o que se quer e o que se pensa.

Mas, se feita, sem compromisso com a verdade e responsabilidade, vira libertinagem!!!



Mulheres!!!!



Nós temos sim, que lutar pelos nossos direitos!!!

Mas, calma!!!!

Não vamos usar nossa liberdade para sermos libertinas!!!

Nunca fomos, nem somos ou jamais seremos iguais aos homens!!!

Mas podemos sim, ter direitos iguais!!!!

Liberdade, com certeza, implica em ser livre!!!

Em valores que nos de valor..... E não status!!!

Liberdade rima com felicidade, libertinagem muitas das vezes rima com sacanagem....

Vale a pena pensarmos nisso!



Beijos a todos,
Carol

Para quem acredita em fadas

Maysa - Quando fala o coração




NOSSO MUNDO AINDA CAI

Se ela soubesse o que anda provocando por aqui, mais de 30 anos após sua morte, ficaria orgulhosa. Maysa virou, desde a segunda-feira passada, uma obsessão feminina. Sim, uma obsessão passageira, mas ainda assim absolutamente coerente com a personagem em questão e com o tipo de sentimento que ela mesma alimentava. Maysa era uma figura estranha, intensa, extremada, exagerada, única. Mas a impressão que se tem nesses dias de minissérie é que cada uma das espectadoras se identificou um pouquinho, um pouquinho mesmo que seja. Porque Maysa é a essência da trajetória da mulher contemporânea. Ou você não percebeu que, ali, nas entrelinhas, ela simboliza toda aquela nossa ladainha sobre as dificuldades de ser mulher, mãe, profissional etc etc.? Enquanto a maioria das mulheres ainda se conformava com o papel de rainha do lar, ela, desde cedo, chutou o balde como poucas e pagou caro como muitas.

A idéia não é endeusar a mãe de Jayme Monjardim, não. Se nem ele está fazendo isso, não serei eu a doida aqui. Maysa era, como parece ter dito Ronaldo Bôscoli, mimada mesmo. Era imatura, intransigente e auto-destrutiva e nada disso é digno de se louvar. Mas era uma apaixonada. E uma transgressora. Botou a cara a tapa para que nós, hoje, tenhamos, por exemplo, o direito de decidirmos nossa vida amorosa e sentimental sem interferências. Abriu mão de um casamento apaixonado e milionário para, mesmo que inconscientemente, provar que nossa independência era um caminho sem volta. Usou o talento e o sucesso para dar passos importantes para nós. Mostrou ao mundo o que é ter estilo.

O lado triste dessa história é perceber, a cada capítulo, que toda essa irreverência e transgressão vinham acompanhadas de imensa angústia e solidão. E mais triste do que notar que Maysa pagou com infelicidade, é saber que esse roteiro ainda se repete. E muito. Quantas de nós não sucumbimos à tristeza diante da incapacidade de se conciliar tudo o que desejamos e acreditamos que é preciso para ser feliz? Quantas de nós ainda caímos na armadilha de que é possível se realizar sem fazer concessões? Foi só Maysa ou faz tempo que a gente sofre por não conseguir abraçar o mundo? E quando a gente fica numa busca incessante de sei lá o quê?

Não sei, não, mas acho que a gente tem bastante a aprender na frente da TV esses dias. Nem que seja a lição de que marido milionário, com sobrenome e apaixonado, não é coisa que se dispense, e sogra chata a gente tem que aprender a lidar. Ou que cabelão, caftan (aquele vestidão tipo bata indiana) e olhos fortemente delineados são superfashion. Ou ainda que talento combina com sofrimento. E que homem, se lhe pareceu canalha uma vez, canalha será sempre. Ah, sim, e que mais perigoso do que dirigir bêbada é dirigir Brasília trocando fita-cassete. Ok, ok, foi só piada. Talvez a gente só precise se dar conta de que não vale a pena se levar tão a sério e que nossos sonhos são importantes, mas sonhar sozinho pode ser, de fato, muito solitário. Além de escolhas, a vida, sabemos bem, é feita de ajustes. E Maysa não soube - ou não quis - se ajustar.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

colírios


casamento faz mal a saúde



Lá vai, mulherada, mais uma pesquisa para provar o que a gente já está cansada de saber: Vejam só:

Segundo pesquisadores espanhóis, o casamento faz bem à saúde do homem e mal à saúde da mulher. Homens casados, diz a turma lá da Espanha, são tão saudáveis quanto mulheres solteiras. Eles só não explicaram os motivos. Mas precisa?

Por melhor que seja o casamento, e quero acreditar que eles são, em sua maioria, otimos, pouca coisa muda na vida do homem. Ok, ele pode reclamar que perde um pouco a liberdade, que tem que dar mais satisfações e, talvez, que doa mais no bolso do que nos tempos em que era solteiro. E pára por aí. Nas coisas práticas do dia-a-dia, a vida do maridão, ou pelo menos da maior parte deles, continua a mesma da época em que ele não usava aliança na mão esquerda. Eles deixam de ser o filhinho da mamãe para ser o filhinho da mulher dona-de-casa ou o filhinho da empregada, ou o que seja. O fato é que vai ter sempre uma mulher para organizar a vida do sujeito.

Sim, existem homens - eu não conheço, mas sei que existem - que decidem o que vai se fazer para o almoço, que fazem as compras do supermercado sozinhos e por iniciativa própria, que compram as fraldas dos filhos e resolvem os problemas das crianças na escola, que secam o banheiro depois do banho e gardam os sapatos no armário quando chegam em casa à noite e que não acham que trabalhar e prover a casa é mais do que suficiente. Mas esses não devem estar com a saúde tão em dia quanto os maridos típicos, mas não devem mesmo.

Quanto a nós, não precisamos nem comentar. A vida de casada é ótima, não vamos negar, mas que não é lá muito saudável, não é mesmo.