quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Raimundo Zurel - Quando Morre um poeta


Ontem faleceu o querido Raimundo Zurel, poeta de origem que atualmente morava aqui na de cidade Itaboraí.
Conheci o Zurel em 2008 e ele é dessas pessoas que andam por aí carregada de luz. Com sua simplicidade e seu talento encantava a todos por onde passasem A morte dele foi acidental e trágica mas foi apenas uma passagem. Zurel aqui na Terra nos deixou sua obra e nela estará sempre imortalizado.Mas hoje não vou postar nada do Zurel aqui , haverá novas oprtunidades . Gostaria de lhe deixar uma homenagem com a poesia Luto de Poeta do Nathan de Castro.
Zurel descanse em Paz.

Luto de Poeta
© Nathan de Castro


Quando morre um poeta, o meu poeta
faz brinquedo do verso e, na emoção,
dita o sonho à poesia que, incompleta,
pede às trevas a luz da solidão.

Vai, poeta!... De volta ao teu planeta!
Este mundo é pequeno, pouco é o chão
e a esperança de amor nem sabe a reta
das palavras eternas da paixão.

Novas letras e rimas!... Novo dia,
asas mágicas, vôos de condor...
A verdade e os mistérios da poesia:

-tem nas mãos o perfume do esplendor!-
Num sarau, no infinito, a liturgia:
sê bem vindo, poeta, e esquece a dor!

9 comentários:

Marcia Borges disse...

Entre o paradoxo da dor da perda e a alegria de poder compartilhar com tantos a genialidade do meu querido pai poeta, quero agradecer de coração por mais esta homenagem em um momento tão difícil.
Agradeço em nome de todos os familiares por este último carinho.
Beijo no coração

Márcia Borges (filha do pai-poeta e amigo)

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

A notícia, bombasticamente chegou a Salvador; e nós, da família Matias, contra-parentes do grande Zurel estamos estarrecidos com a abrupta partida do nosso tio e primo de nossa mãe.
Estamos nos restabelecendo do fato e perpertuaremos as boas lembranças das indas e vindas de Zurel a Salvador repletas de muitos risos e comidas típicas apreciadas por ele assim como suas obras que servem de orgulho para todos nós.
Se possível, gostaríamos de obter maiores informações sobre o fato.
Com pesar,
Marcos Matias, Jussara Mathias e Adriano Matias (sobrinhos) e Valdméa Matias (prima).
Contato: marcoschk@hotmail.com
Nextel.: 10*74417 (Marcos)
Nextel: 97*241 (Valdméa - Meméa)

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Gostaria de desculpar-me por haver cometido o que nós linguistas chamaríamos de "Inadequação Linguística" ou "Desvio da Norma", quando transformei uma locução adverbial (de repente) em uma única palavra (derrepente), poderia tentar justificar, dizendo ser uma licença poética ou até mesmo um neologismo proposital, mas não sou nenhum Guimarães Rosa , Graciliano Ramos ou sequer o meu poeta maior: ZUREL, que criavam neologismos, como POETAR, valendo-se de suas "imortalidades"!
Sou apenas uma grande admiradora de suas obras e a única justificativa para tal inadequação fora o desespero e a dor da perda, aliados é claro, a inexperiência com computadores, afinal, Márcia (minha irmã) é a professora de informática... e dela veio o alerta!
Obrigada, irmã!
Agradeço a compreensão de todos e gostaria, mais uma vez, de publicar (agora sem ERROS ou INADEQUAÇÕES), como quiserem chamar... A minha última homenagem ao meu inesquecível poeta:

EU TIVE UM PAI

ATÉ OS MEUS CINCO ANOS EU TIVE UM PAI...
UM PAI QUE ME ENSINOU A LER JORNAL E A
A TORCER PELO VASCO.
TIVE UM PAI QUE MEU DEU A PRIMEIRA E ÚNICA BICICLETA,
MAS NUNCA ME ENSINOU A ANDAR...
PREFERIA ME POR NA GARUPA E AOS DOMINGOS PELA MANHÃ
DESCER UMA LADEIRA ENORME,
PORQUE EU DIZIA QUE O “FRIO NA BARRIGA” ERA DE ARRASAR!
TIVE UM PAI QUE ME LEVAVA PARA O QUARTEL E ME EXIBIA
COMO UM TROFÉU, AOS SOLDADOS, SARGENTOS E OFICIAIS!
QUE ME FAZIA CANTAR EM INGLÊS E LER PARA TODOS OS POEMAS QUE FEZ,
OLHANDO-ME SEMPRE ORGULHOSO POR TRÁS.
AOS CINCO ANOS EU PERDI MEU PAI...
ELE FOI PARA O QUARTEL E NÃO ME LEVOU,
E PIOR DO QUE ISSO: NUNCA MAIS VOLTOU!
NO INÍCIO, NÃO ENTENDIA BEM: COMO PODERIA SE AMAR ALGUÉM
E DE REPENTE PARTIR SEM DIZER ADEUS?
MAS AOS POUCOS MINHA MÃE ME DIZIA: “FILHA, ELE FEZ O QUE QUIS,
SAIU DE CASA PARA SER FELIZ, JÁ NÃO ME AMA,
MAS FOI A VONTADE DE DEUS!”
O TEMPO FOI PASSANDO E FUI ACOSTUMANDO
A VER O PIERRE COMO PAI, AMIGO E IRMÃO!
VISITAVA O COROA NOS FINS DE SEMANA, IA FICAR COM ELE E ATÉ ACHAVA BACANA,
POIS DELE NUNCA LEVEI NENHUM “SERMÃO”.
TALVEZ POR NÃO ME CONHECER O SUFICIENTE,
OU PORQUE ME VER O DEIXAVA TÃO CONTENTE
QUE TAL FATO ACALMAVA-LHE O CORAÇÃO...
COM ELE APRENDI A ARTE DE LER,
DEIXOU-ME A HERANÇA DE GOSTAR DE ESCREVER,
OU “POETAR”, COMO ELE GOSTAVA DE DIZER.
NA INFÂNCIA PERDI MEU PAI,
MAS DESCOBRI QUE HAVIA NAQUELE HOMEM UM AMIGO,
QUE DURANTE TRINTA E DOIS ANOS
LIGAVA-ME ÀS SEIS DA MANHÃ, NO MEU ANIVERSÁRIO,
PARA SER SEMPRE O PRIMEIRO A FALAR COMIGO!
PLANTOU UMA ÁRVORE, FEZ QUATRO FILHOS E SEU LIVRO PUBLICOU.
HOJE CHORO A AUSÊNCIA DAQUELE QUE ME ENSINOU
A AMAR AS ARTES, A LITERATURA E A FALAR DE AMOR,
CHORO PORQUE, DESTA VEZ, ESTE AMIGO REALMENTE ME DEIXOU!

Adeus ao poeta, amigo e inspiração:
Raimundo Zurel Correia Borges
Por: Rejane Berbet
Rio de Janeiro, 25/01/2011 - 20:15 “Falecimento de um imortal”

Anônimo disse...

Sou o Renato.... amigo de Vila Velha... terra querida de Zurel, essa pessoa impar que deixou mais que boas lembranças aqui, mas sim AMIGOS. Lembro-me de quando convidamos para ser o técnico de nosso time da rua, e ele ficou super feliz e animado em nos ajudar.... fez o distintivo, nos treinou, e como um pai ele nos entendia... Morador da rua rio Preto, ele nunca deixava passar em branco um dia de sao cosme e damião junto com sua mulher, a carinhosa Neves que sempre demonstrou ser essa pessoa espetacular que combinava perfeitamente com o Zurel...São tantas e tão boas as hitórias que tenho desse meu grande amigo, que tive o orgulho e prazer de ganhar uma poesia intitulada de "Conversando com o Renato" em meu aniversario de 15 anos em minha casa. Sábias palavras que foram proferidas e que jamais esqueci... Zurel... o Zurel.... lembro-me de quando foi pra Itaborai, deixando-nos, lembro-me das conversas, de sua empolgação com a cosntrução de sua casa que possuia uma adega, uma casa com pé direito duplo, com os quartos separados... a emoção com que falava comparava com a emoção de um garoto quando ganha uma bola de futebol. Zurel era isso, era emoção, era espirito... Zurel achou um par perfeito, achou Neves, com quem sempre foi muito alegre... Quando eu estava na Ufes e procurei o telefone de Zurel na lista telefonica e liguei imediatamente pelo celular pra a casa dele... a emoção foi tanta que ele repetia: Renato?!? Renato?!? É o Renato de Vitória?!? É você Renato?!?
Em sua ultima conversa comigo ele me disse que estava apaixonado pelo numero sete, pois em ingles, o sete se chama SEVEN e é o inverso de Neves e por isso ele fez o email dele como ZURELSEVEN... É... Meu amigo se foi... mas ele continua vivo aqui no meu coração... e termino meu texto com a última frase que ele proferiu em meu aniversario de 15 anos: "Aprendi com meu amigo Renato".

Família Bolsanello em luto.

Renato - Casa: 27 32292072
Renato - Nextel: 85*261561

Unknown disse...

E hj faz 9 anos de sua partida!!! Como era querido este meu padrinho. Sinto tanta saudades... Meu "babuda" como era chamado apelidosamente. Que o senhor esteja nos braços do pai🙏

andré luiz disse...

Meu avô e pai da poesia que corre nas minhas veias. Como imortal que é nunca morreu, se multiplica através de cada um de nós, familiares e irmãos fraternos.