segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Se você me assalta, eu reajo!

Nem eu sou o que penso que eu sou. Prefiro as noites porque me nutrem na insônia, embora os dias me iluminem quando nasce o sol. Rezo pra algum anjo de plantão e mascaro minha fé no otimismo. Eu sei. Gosto de cara lavada — exceto por um traço preto no olhar — pés descalços, nutro uma estranha paixão por camisetas velhas e sinto falta de uma tatuagem no lado esquerdo das costas. Impaciente onde você vê ousadia. Falta de coragem onde você pensa que é sensatez. E note bem: não sou agressiva, mas defensiva. Mas mesmo assim, sempre pinta um momento qualquer em que eu esqueço todos os conselhos e sigo por caminhos escuros. Estranhos desertos. E, ignorando todas as regras, todas as armadilhas dessa vida urbana, dessa violência cotidiana, se você me assalta, eu reajo!

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